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Mercado prevê que as operações alcançarão US$ 1,2 trilhão. Acompanhando a tendência, JBS anuncia emissão de SLB atrelado à redução de gases do efeito estufa

As emissões de títulos que atendem a critérios de sustentabilidade ambiental e social estão em alta: segundo o Bank of America, no primeiro trimestre de 2021, esse mercado alcançou um recorde de 235 bilhões de dólares, sendo que 111 bilhões de dólares estão relacionados a projetos ambientais.

Por sua vez, a projeção mais recente do banco sueco Skandinaviska Enskilda Banken, que participou da criação do conceito de “green bond” junto com o Banco Mundial há 14 anos, prevê que as emissões vão alcançar 1,2 trilhão de dólares em termos globais ao longo de 2021.

Os números comprovam que os títulos relacionados a projetos de sustentabilidade ambiental, social e de governança (resumidos pela sigla ESG) são uma excelente oportunidade para os investidores.

O Brasil participa deste momento: no primeiro trimestre, emitiu 79% de tudo o que foi captado na América Latina em green bonds e sustainability-linked bonds (SLB) – ou seja, respectivamente, os recursos direcionados a projetos sustentáveis e aqueles que exigem que a companhia cumpra metas de sustentabilidade.

“O mercado de ESG é pujante e com um potencial enorme, especialmente no Brasil, que historicamente já apresenta características diferenciadas em relação a outros países industrializados”, analisa Davi Bomtempo, gerente executivo de meio ambiente e sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

NET ZERO
A JBS anunciou recentemente a emissão de um SLB com juros atrelados a compromissos de redução de emissões de gases causadores de efeito estufa. A operação, que era inicialmente de 500 milhões de dólares, fechou em 1 bilhão de dólares, com yield de 3,75% ao ano, cupom de 3,625% ao ano e vencimento em 2032. Na conclusão dos negócios, 25% dos recursos foram alocados em fundos com portfólio ESG. Segundo fontes próximas à operação, houve demanda de 5 bilhões de dólares, para os papéis.

A emissão do título está relacionada à meta da JBS de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 30%, até 2030, em relação aos patamares de 2019. Inclui também metas intermediárias a partir do ano de 2025. As agências de rating Moody’s e Fitch avaliaram a operação com os ratings Ba1 e BBB-, respectivamente.

“Entendemos a necessidade do planeta e estamos aqui assumindo um compromisso de impulsionar essa agenda em nível global”, declara Guilherme Cavalcanti, chief financial officer (CFO) Global da JBS.

Para os investidores, participar desse mercado não só é atrativo em termos de retorno como também indica um compromisso com as metas de ESG. Ao aplicarem recursos em títulos verdes, eles estão colaborando para criar um planeta mais sustentável para as gerações futuras.

No caso da JBS, a emissão está relacionada ao esforço de financiar uma meta entre as grandes empresas globais do setor de proteína: estabelecer uma meta Net Zero. A companhia se comprometeu a zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2040, reduzindo a intensidade de emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual.

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