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Desde a fase pré-analítica ao transporte, as amostras biológicas requerem cuidados especiais para manterem a estabilidade, como controle de temperaturas exigido por guidelines técnicos. Para atender aos requisitos em sua cadeia fria, o Grupo Fleury está adotando embalagens térmicas especiais, em substituição ao usual transporte em dióxido de carbono solidificado a -78°C, o gelo seco. A medida traz uma série de vantagens ao processo com a utilização de um produto com alta tecnologia empregada, de longa duração e sustentável.

Se por um lado o gelo seco garante um transporte em temperaturas muito baixas, sem que ocorra o descongelamento das amostras, por outro, há uma série de desvantagens, como explica o Dr. Edgard Gil Rizzatti, diretor executivo Médico e Técnico do Grupo Fleury: “É um produto volátil, que sublima rapidamente; não tem ampla disponibilidade no Brasil e isso impacta no transporte de amostras que vêm de locais mais distantes onde há dificuldade de acesso ao produto”.

O diretor também cita pontos críticos na manipulação do insumo, que pode afetar a ergonomia dos colaboradores e resultar em queimaduras; e ainda a necessidade de alto consumo de energia para ser gerado. “Poder prescindir de um item que despende muita energia para ser gerado é um aspecto bem relevante, visto o posicionamento de ESG* no Grupo Fleury, que é bastante significativo e muito valorizado”, acrescenta o Dr. Rizzatti.

  • ESG é a sigla em inglês para “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança, em português)

Segurança e qualidade ao paciente

Os benefícios da mudança no acondicionamento de amostras biológicas, como os testes de coagulação, incluem garantir a qualidade do exame e muitos aspectos da segurança do paciente: “Todo esse processo analítico é uma das etapas mais importantes no todo, pois sabemos que muitos dos erros que acontecem em termos de diagnóstico, acontecem justamente nessa etapa”, comenta o Diretor do Grupo Fleury.

As caixas térmicas da BLS Tech possuem contentores internos, que mantêm a temperatura em torno de -50°C e são geradas dentro de freezers. A novidade gerou uma redução na ordem de 80% de utilização de gelo seco, frente às quase 400 toneladas consumidas na cadeia de frio anualmente.

De acordo com Leandro Gelpke, diretor executivo de Operações da BLS Tech, as caixas garantem mais espaço para ser utilizado com carga. O líquido interno mantém a temperatura estável e otimiza o espaço, oferecendo um poder de barreira 15 vezes maior em comparação a um isopor técnico (EPS). “A melhor acomodação das amostras gera redução no número de volumes, melhorando e agilizando o processo de expedição”, cita Gelpke. O diretor também ressalta que para alcançar temperaturas negativas por apenas 12 horas utilizando gelo seco + EPS, 50% do volume da caixa é tomado por gelo seco, restando 50% para as amostras, evidenciando a grande perda de espaço.

Colaboração multidisciplinar

As caixas reutilizáveis têm em média cinco anos de vida útil. “A BLS Tech oferece um ecossistema de gestão, propondo ao cliente alternativas como mudança de modal, com produtos que não geram resíduos sólidos”, explica o diretor de Operações. A empresa cuida de todo o processo de cadeia fria, de ponta a ponta, oferecendo soluções customizadas de acordo com a necessidade do cliente.

Nesse momento, o Grupo Fleury trabalha com 220 caixas na operação, em 60 sites no trecho RJ-SP e está em fase de testes em outros estados. “Uma mudança como essa é fruto de um trabalho de intensa colaboração entre as equipes, é um processo de grande interdependência e inovação. Estamos sempre pensando em como melhorar nosso processo: qualidade, ambiental, eficiência”, destaca o Dr. Rizzatti.

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